Cada um dos muitos Contos de Fadas são recheados de emoções: alegrias, tristezas, sofrimentos, dúvidas, perdas, conquistas... Sentimentos próprios de todos os seres humanos, mas que tomam corpo, ganham vida por meio de personagens com os quais nos identificamos.
Ao lermos um Conto de Fadas, temos a oportunidade de nos identificar com as diferentes personagens, com seus sentimentos, problemas, dificuldades... tendo a chance de vivenciar e trabalhar esses sentimentos... Torcemos pelo despertar da Bela Adormecida, sofremos junto com a Branca de Neve, choramos com pena da “feiura” do Patinho Feio e com morte da mãe do Bambi...
Mas por que, então, ler algo que pode nos entristecer?
Quando criança estamos descobrindo não só o mundo externo a nós... A cada dia, a cada vivência, experimentamos sensações e sentimentos diferentes, e nem sempre sabemos expressá-los, entendê-los ou mesmo lidar com eles...
Os Contos de Fadas ajudam as crianças a perceber que o medo, a tristeza, a perda... assim como a felicidade e o amor, são sentimentos de todos os seres humanos. A solidão interior (aquela que nos faz acreditar que só nós – e mais ninguém – tem sentimentos “ruins”) aos poucos vai diminuindo. O medo de expressar medo, tristeza, angústia... também diminui a medida em que se percebe que é possível compartilhar esses sentimentos todos... que nos inundam, mesmo quando não desejamos que isso aconteça...
O mundo do faz-de-conta, das histórias, dos Contos de Fadas torna mais fácil, para as crianças, começar a mexer, a entender esse mundo interior, que muitas vezes as amedrontam...
Ler várias vezes o mesmo Conto de Fadas faz parte desse processo de aprendizagem, de vivência de sentimentos, cumprindo importante papel no processo de crescimento e desenvolvimento afetivo das crianças pequenas...
Então... Mãos à obra e livro nas mãos!